Mantenho a minha opinião, no que a debate televisivo sobre futebol, diz respeito.
Temos, repartidos por diversos canais televisivos, três programas de nível inferior a caneiro de Alcântara. “Dia Seguinte”; “Prolongamento” e “Trio de Ataque”, onde desfilam cavalheiros, que aliam à falta de conhecimento e desfasamento da realidade, um facciosismo gritante, não tendo nível para figurarem sequer em qualquer conversa de taberna, quanto mais de programa televisivo, mas de que toda a gente fala e dos quais, pelos vistos, a maioria gosta, fruto de afirmações populistas, que facilmente acicatam os sempre, intelectualmente frágeis, enfermos de “clubite” aguda. Depois temos a cereja no topo do bolo. São, principescamente, pagos para o fazerem.
Como Sportinguista, revolta-me a perfeita ignorância do “cata-vento” Rui Oliveira e Costa, a senilidade de Dias Ferreira e a irritante vaidade de Eduardo Barroso e dos seus alter egos. Ora é pai babado, ora é cirurgião, ora é PMAG, ora é conselheiro leonino, ora é simples adepto, ora bolas caro senhor...
Mais um ou outro programa existe mas, quanto a mim, não são sequer dignos de registo.
Em contraponto, temos o “Tempo Extra” com Rui Santos que, independentemente de se gostar ou não, para além de ser o único que faz o trabalho de casa, é também o único que diz as verdades nuas e cruas e percebe do que fala.
Muita vezes incompreendido, angariando inimigos a cada semana que passa, mais uma vez fruto da já referida “clubite” aguda.
Reportando-me ao programa de ontem, como Sportinguista, não é por ele dizer que o Sporting CP está falido ou por se referir com ironia aos já famosos girassóis dos balneários de Alvalade que vou mudar de opinião, até porque, até aí, demonstrou ter a inteligência de ter percebido porque é que eles lá estão e de saber como poderia ter sido evitada toda esse palhaçada, se se tivesse começado, em primeiro lugar, por lá ter colocado velhas glórias da história do Sporting Clube de Portugal, em vez do lixo que, numa primeira instância, por lá passou.
Se juntarmos a isso o reconhecimento de que o carnide está a ser levado ao colo e de que os tripeiros ainda estão sem treinador, entre muitas outras afirmações que fez, referentes aos três “grandes”, como se pode apontar o dedo a Rui Santos, acusando-o do que quer que seja?
Onde está a mentira nas afirmações que fez ontem e que tem vindo a fazer ao longo dos diversos programas?
Por mim até pode ser lampião, não sei nem quero saber, mas uma coisa é certa, quem consegue colocar de parte a preferência clubística e, mais grave ainda, a “clubite” aguda, decerto não poderá deixar de reconhecer que o homem é o único que sabe do que fala, doa a quem doer.