Não foi por termos "morrido na praia" que deixo de apoiar ou sentir orgulho nesta renovada equipa do Sporting Clube de Portugal, com Sá Pinto à cabeça.
Quando se dá tudo em campo, o que se pode e o que se sabe, a mais não se é obrigado e nada mais se pode exigir. Foi precisamente isso que aconteceu em San Mamés, frente ao Atlhetic Bilbao. O Sporting Clube de Portugal, lutou como pôde e como soube, até ao fim.
Arbitragem à parte – e já lá vamos – se é verdade que na 1ª mão, em Alvalade, o Sporting Clube de Portugal poderia, ainda mesmo na primeira parte, ter resolvido a eliminatória a seu favor, também é verdade que em San Mamés, o Atlhetic Bilbao teve oportunidades de sobra para fazer o mesmo.
Quanto a mim, a defesa leonina esteve uns furos abaixo do que nos tem vindo a habituar nos últimos tempos e a não inclusão de Carriço – quem diria – no “onze” inicial trouxe alguma fragilidade ao meio campo.
Que me lembre, vi pelo menos por umas quatro vezes, os avançados bascos a surgir soltos e com enorme facilidade nas costas da defesa leonina só não concretizando por manifesto azar. Uma vez, com a bola a passar por baixo do pé do avançado basco, outra, com um remate meio na bola, meio na "atmosfera", outras duas ainda que Patrício resolveu.
Não digo com isto que o Sporting Clube de Portugal não tenha tido as suas oportunidades, mas na minha opinião nunca conseguiu ser superior aos bascos, nesta 2ª mão.
Vamos ao árbitro. Se considerarmos que houve agressão a Schaars no lance que antecede o primeiro golo basco, podemos afirmar que não só não teria existido aquele golo como bem cedo o Athletic Bilbao ficaria a jogar com menos um jogador. Pelas imagens não me parece que tenha havido intenção de agredir. O Basco roda para ganhar posição e acerta no jogador leonino mas no mínimo deveria ter sido assinalada uma falta e, lá está, os Bascos não teriam marcado tão cedo. Acontece que tanto o cartão amarelo mostrado a Wolf com o mostrado a Carriço, foram, quanto a mim, justos e quer no caso de um jogador, quer no caso de outro, não só não foram posteriomente expulsos com segundo cartão amarelo porque o árbitro, também com eles, foi benevolente pois houve oportunidades mais do que suficientes para que ambos pudessem ter sido expulsos. Com um árbitro português, nunca teriam chegado ao fim da partida.
A vitória tinha, logicamente, sabido melhor, mas quando se perde, deixando tudo em campo também deve ser motivo de orgulho. É nos maus momentos que podemos mostrar o nosso desportivismo, pois nos bons momentos somos sempre todos heróis.
Fiquei orgulhoso por esta participação do Sporting Clube de Portugal na Liga Europa, que, muito honestamente, chegou onde ninguém esperava, quer pelo passado recente, quer principalmente depois de lhe ter calhado em sorte o poderoso Manchester City, que na altura era "apenas" o líder da Premier League.
Cá fico agora a torcer para que seja o Athletic Bilbao a conquistar o troféu mas o passado foi lá atrás.
É hora de levantar a cabeça pois ainda é possível conquistar o 3º lugar na Liga, que dá acesso a uma pré-eliminatória de acesso à Champions League e há uma Taça de Portugal para conquistar – conforme escrevi aqui, continuo é sem saber onde andam os bilhetes para a respectiva final -
Extra futebol mas relativamente ao Sporting Clube de Portugal, deixo aqui uma nota final.
Obviamente respeitando a direito à presunção de inocência, como é possível que um clube como o Sporting Clube de Portugal, a menos que o seu presidente e ou direcção sejam coniventes ou tenham outros rabos-de-palha, continuem a manter como vice-presidente, alguém que pode vir a ser acusado da prática de crimes de peculato, participação económica em negócio, abuso de confiança e fraude fiscal, para lá da denúncia caluniosa qualificada?
Será possível que esta direcção não perceba que independentemente do desfecho deste caso a suspeita pairará sempre sobre o clube, dando azo a que qualquer vitória do mesmo possa levar a que tenha sido obtida à custa de batota e ou corupção?
Saudações Leoninas!