Estado de Emergência à moda do Solnado
Há uma semana, diziam alguns, que era preciso fechar o país, um lockdown total - concordo plenamente - agora, esses mesmos, já se indignam com Operações STOP porque ‘são ilegais’, já que não estão a ser feitas nos dias que o sabichão do Costa, sempre com o voto como prioridade, ‘pensou’ que as pessoas pudessem ir viajar e porque há gente que anda a trabalhar e leva por tabela.
Então e se a polícia andar a fiscalizar os néscios que andam por aí a laurear a pevide, para saber se têm seguro e IUC em dia e depois, por cortesia, perguntarem se vão em lazer ou trabalho, também é ilegal?
Como se o tuga chico esperto não antecipasse a ida e não protelasse o regresso.
A medida mais óbvia, deveria mesmo ser a de proibir de imediato e desde a renovação do Estado de Emergência, todas as deslocações, para lá do supermercado mais próximo da área de residência.
O problema é que vivemos num Estado de Emergência tão patético como a guerra do Solnado. Só não se pode espalhar o vírus entre dia 9 e 13 de Abril.
Querem ver que agora, são uns malandros, estes polícias e GNR que diariamente arriscam a vida para tentar dissuadir irresponsáveis que teimam em pôr a vida deles (e eu ralado) e a dos outros em risco?
Por outro lado, abordam os cidadãos sem equipamento de protecção individual e sem respeitar uma distância mínima de segurança, o que nos leva para lá da guerra do Solnado e saltamos de imediato para a área da tragicomédia.
Se daí, não adviessem riscos para terceiros, por mim até podiam abrir esplanadas, piscinas e hotéis só para essa gente e que se matassem todos uns aos outros até o vírus se cansar.
Quando chegarmos aos números de França ou Espanha e infelizmente já não deve faltar muito, a única coisa que espero, é ser um dos que cá fica e não pagar por tabela. Matem-se para aí, mas não prejudiquem quem cumpre as recomendações e se quer defender.
Que a PSP e a GNR não baixem a guarda e que a sua coragem seja a dobrar, relativamente à cobardia política que teima em manter um estado de emergência de brandos costumes e de palmadinha nas costas, já a pensar nas próximas eleições.
Na dúvida, fico em casa. Aos energúmenos que não ficam, apenas porque não querem…
...saudinha é o que desejo e quando lá chegarem, mandem saudades, que é coisa que cá não deixam.