"Vou chamar o colega"
É sempre bom saber que as pessoas têm trabalho e que, contra corrente, há empresas que contratam para além daquilo que necessitam.
Passo a explicar.
Sempre que me desloco ao ex AKI, agora Leroy Merlin, independentemente da secção a que me dirija e precise eu do que precisar, seja um berbequim, um tubo de cola, uma lâmpada ou uma caixa de parafusos e mesmo estando no exacto corredor onde se encontra aquilo que pretendo, desde que necessite de fazer uma pergunta a um funcionário que esteja ali perto, a resposta é invariavelmente a mesma, nunca falha:
“Só um momento, vou chamar o colega”.
Comigo, o especialista em azulejos anda sempre a fazer sabe-se lá o quê na secção das galochas, o tipo que percebe de parafusos, anda de volta das sacas de terra, o que percebe de interruptores anda na secção de bancos de jardim e por aí fora.
Na última vez que lá fui, precisava de umas juntas para uma porta de chuveiro. Estavam duas funcionárias, repito, duas, sentadas a uma secretária, nessa mesma secção. Fiz a pergunta. Resposta imediata:
“Só um momento, vou chamar a colega”.
Está visto que o Leroy Merlin paga a funcionários só para chamar o colega.
Eh pah…