Love knows no bounds
Era uma vez um cacto que se apaixonou por um balão.
Um do género masculino, outro do género feminino. É sempre bom sublinhar isso :)
Embora nesta história, pouco importa quem é quem em matéria de géneros.
Um amor impossível surgia, já que ao mais pequeno toque do cacto no frágil balão faria com que este desaparecesse para sempre.
Os dois conversavam e expressavam o quanto um amava o outro mas como não podia haver um abraço ou um beijo, aquele romance teve um fim.
O cacto desapareceu e o balão ficou desolado.
Algum tempo depois, um belo cacto, liso como o vidro bateu à porta do balão:
Balão: Olá, em que posso ajudá-lo?
Cacto: Não me estás a reconhecer?
Balão: És tu meu amor?
Cacto: Sim, sou eu.
O abraço foi instantâneo, ambos se amavam mais do que tudo.
Balão: Mas, meu amor, o que aconteceu com os teus espinhos?
Cacto: Dei-me ao trabalho de arrancar um por um.
Balão: E não doeu meu amor?
Cacto: Doeu, e muito, mas doeria muito mais ficar sem poder te tocar.
Moral da história: Se há amor, nada é impossível, porém é necessário que haja sacrifício.
Ao que eu acrescento: E não se tomarem decisões de forma unilateral e apresentá-las como facto consumado quando se trata de um assunto que influenciaria de forma permanente a vida em comum quer do cacto, quer do balão.
Só em conjunto, o cacto e o balão poderão escolher o melhor final porque a felicidade só é real quando é partilhada.