Sem spoilers, posso dizer que apesar de tudo, vale a pena ver a série.
Não deixem de ver nem de dizer que gostaram só porque a série é portuguesa. De certeza que já todos viram bem pior e aplaudiram. Se não gostarem, digam também :)
Qualidade áudio deixa muitíssimo a desejar - conforme já referi em post anterior - o que é imperdoável. Quase desisti ao primeiro episódio graças a isso. Se tivessem gasto menos em tabaco, talvez tivessem tido orçamento para fazer melhor.
Alguns actores com interpretações que, como diria a minha avó, valha-me Deus, de tão fraquinhas que são. Muitos clichés, como um ministro com vida dupla, um soldado que na guerra do Ultramar dá um tiro num pé para voltar para casa. O jovem engenheiro que dá a volta à cabeça da saloinha lá da terra e mais alguns que agora não me lembro.
No entanto não deixa de ser um thriller de espionagem com um enredo interessante.
A acção decorre em 1968, anos finais da ditadura e durante a Guerra Fria, na aldeia Glória do Ribatejo, no centro de rádio retransmissão ‘RARET’, que servia para transmitir propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste.
É precisamente na 'RARET' que trabalha o protagonista, um jovem engenheiro que apesar de filho de um dirigente do Estado Novo, é nada mais, nada menos que um recruta do KGB.
* palpita-me que não se vai ficar pela 1ª temporada.
** Obrigado ao SAPO pelo destaque dado a este post.