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Pedro Nogueira Photography

Um blog para mostrar as minhas fotos e para escrever sobre tudo o que me vier à cabeça …assim haja tempo.

A dança da chuva

28
Fev12

A ministra da agricultura diz estar preocupada com a seca mas faz questão de afirmar também que não está sentada à espera que chova.

Segundo fonte bem informada, Assunção Cristas já desenterrou o tomahawk e encontra-se já há algumas horas a dançar em volta de um totem que foi colocado para o efeito, à frente do seu ministério.

Afirmam alguns meteorologistas que a dança da ministra poderá estar a surtir algum efeito, uma vez que já há previsão de aguaceiros para a próxima quinta-feira.

"A bem da Nação" por Alda Telles

25
Fev12

Ia escrever sobre este mesmo assunto e também pelo mesmo motivo. A Ligeireza com que a notícia foi tratada, passando quase despercebida, sabe-se lá com que intenções, em detrimento de umas quantas cacetadas, aqui e ali, em adeptos do Legia.

Não sendo, nem de perto nem de longe, adepto de notícias típicas de CM ou TVI, concordo no entanto que o assunto não pode ser deixado passar em claro e os culpados têm de ser encontrados e punidos, o que por si só, neste país, já é uma aventura.

Se neste caso, a culpa não é do futebol nem das claques violentas, também é verdade, que cada vez mais, um dos maiores problemas do futebol são as claques.


Marinho Neves a respeito do "sistema"

24
Fev12

Deixo aqui um excerto de uma entrevista a Marinho Neves, antigo jornalista e autor do livro "Golpe no Estádio".

 

É do foro público que o Marinho trabalhou para o Sporting contra o “sistema”. Quem foi a primeira pessoa a iniciar essa luta contra o “sistema” no futebol Português?

 

MN: Quando Dias da Cunha foi eleito presidente do Sporting, depressa se apercebeu da falcatrua que era o nosso futebol. Não sabia para que lado se havia de virar. Fui então contactado pelo seu assessor, Carlos Severino, para ver que disponibilidade tinha para trabalhar directamente com o presidente com a função de o alertar dos perigos que o clube corria. Inicialmente não me mostrei muito interessado, mas por outro lado pensei que poderia lutar por dentro e combater a corrupção, até porque a Polícia Judiciária já me tinha como consultor e não me pagava nada. Aceitei, mediante um bom vencimento e com a condição, por mim proposta, de que se não gostassem do meu trabalho despedia-me sem qualquer tipo de indemnização. Fiquei por lá seis anos, mas no meu segundo ano fomos campeões nacionais, principalmente porque o Sporting sabia com 15 dias de antecedência as armadilhas que lhes estavam a preparar. Um exemplo: 15 dias antes avisei o presidente que no jogo X que antecipava um jogo com o Porto, o árbitro da partida seria fulano e que Beto e Rui Jorge iriam ser espicaçados por esse árbitro durante o encontro para este encontrar motivos para os expulsar. No dia do jogo confirmou-se a minha informação. Num outro caso, num jogo decisivo para a conquista do campeonato, frente ao Boavista, soube que o árbitro da partida tinha ido almoçar com Valentim Loureiro, que era presidente da Liga. Avisei o presidente e todos ficaram em pânico. Não sabiam o que fazer porque não havia provas. Disse-lhes que a única coisa a fazer era Manolo Vidal, antes do jogo, quando fosse entregar as fichas aos árbitros, deveria dizer: "Então o almoço de terça-feira foi bom?" Mais nada. Quando o árbitro ouviu aquela pergunta associou de imediato a intenção do delegado ao jogo e ficou em pânico, contou-me depois Manolo Vidal. Durante esse jogo o árbitro até beneficiou o Sporting e fomos campeões. O árbitro não sabia que provas tínhamos e como era internacional, não colocou a sua carreira em risco. Mas a conquista do campeonato desencadeou uma série de invejas dentro do próprio clube e quando dei por ela estava a lutar contra gente que estava a ser paga pelo clube, mas que queria que este perdesse para conquistarem o poder e poderem fazer os seus negócios. Cheguei mesmo ao ponto de saber que os meus relatórios semanais eram entregues, por gente do Sporting, aos nosso principais inimigos, Porto e Boavista. Não sou nem nunca fui sportinguista e nunca escondi isso. Era apenas o meu trabalho.

 

A entrevista pode ser lida na sua totalidade aqui.

Inside Apple’s Magic Factory

23
Fev12

O apresentador Bill Weir, juntamente com uma equipa da ABC, teve acesso exclusivo a uma das linhas de produção da Apple, na China. Mais concretamente a uma fábrica da Foxconn, que é um dos maiores fornecedores de software da Apple a partir daquele país.

Um local onde os funcionários dormem e trabalham seis dias por semana recebendo salários miseráveis e onde já se deram 18 suicídios.

A reportagem refere-se à Apple mas podia ser outra das muitas marcas que praticam a mesma política de escravatura do século XXI com a conivência dos alegres consumidores ocidentais que fingem desconhecer as péssimas condições de trabalho daqueles desgraçados, pelo menos enquanto tiverem poder de compra para se pavonear com os seus gadgets de preço inflacionado, contribuindo assim para os lucros astronómicos dos Steve Jobs e Bill Gates deste mundo.

Seria bom que os meninos que fazem birras para os papás lhes comprarem estes gadgets e que a tarefa mais árdua que têm no dia, é terem de se levantar para ir à escola e que aqueles que passam o dia no Facebook, a partir do seu local de trabalho, a pedir greves, em lugar de estar a trabalhar, vissem esta reportagem e fossem percebendo, ou não, o que custa a vida para muita gente.

Quer sejam chineses a montar iPads, a troco de um dólar e setenta por dia, quer sejam crianças Indonésias a coser Nikes e Timberlands a troco de um dólar por dia para depois nós comprarmos gadgets a oitocentos euros e calçado a cento e cinquenta, tudo se passa debaixo do nosso nariz e com a nossa cobarde conivência e conveniência.

Metam a cabeça na areia o tempo que quiserem, mas a médio prazo, se entretanto nada for feito, o futuro dos vossos filhos na europa será igual. Mesmo para aqueles que, por exemplo, diziam que um americano a conduzir um carro japonês era fruto de um filme de ficção científica.
O mundo dá muitas voltas, meus amigos.

Uma reportagem da ABC, transmitida pela BBC.

The Russians Are Coming… after all

22
Fev12

Russo, dono dos Nets, pondera investir no Sporting Clube de Portugal.

Muito poderia eu escrever aqui e agora, mas já dei demasiado do meu tempo aos lambuças tachistas que continuam a minar o Sporting Clube de Portugal por dentro.

Assim sendo, vou limitar-me a afirmar pela enésima vez.

Oh Godinho, atira-te ao mar com o Duque e o Cristóvão a fazerem de lastro!

Leia a notícia.

OBB

21
Fev12

Aqui está um par de imagens, daquelas que dizem tudo.

Fazem ou fizeram parte de uma campanha publicitária da OBB-Austrian Railways.

Confesso que desconheço a data das mesmas.

Os cinéfilos mais atentos, rapidamente encontrarão a descarada mas espectacular analogia a “Psycho” e “Shining”, dois clássicos do cinema de terror, e o que são os actuais preços dos combustíveis, senão um autêntico terror?

Espreite-as aqui porque vale a pena.

Sá também já pede paciência

20
Fev12

Como seria de esperar, não é de um dia para o outro que se podem operar mudanças profundas na forma de jogar de uma equipa de futebol, menos previsível, ou talvez não e mais adiante já explico porquê, foi ter-se assistido, na minha opinião, à pior exibição da época, feita pelo Sporting Clube de Portugal, no Estádio José de Alvalade ou talvez mesmo de toda a temporada.

Diz o povo que com papas e bolos se enganam os tolos, no futebol, as papas e os bolos são os dados estatísticos. Senão vejamos. Posse de bola entre 65% a 70%. Superioridade inquestionável, dirão alguns mas a realidade é outra. Frente a um adversário mais fraquinho, o que já começa a ser difícil encontrar, o Sporting Clube de Portugal fazia rodar a bola com passividade e lentidão exasperantes, invariavelmente entre Rinaudo, Onyewu, Polga e até mesmo Patrício, levando os adeptos ao desespero. Mais tarde a “brincadeira” continuava mas com novos protagonistas. Carriço Polga e André Santos, já não passando tantas vezes por Patrício, desconfio eu, apenas por vergonha e medo de mais assobios.

Continuando a falar de estatísticas, tive oportunidade, após o encontro, de espreitar pelo canto do olho, ainda no Alvaláxia, que a Sport Oliveirinha anunciava 16 remates feitos pelo Sporting Clube de Portugal. Muito sinceramente, o único remate que eu vi fazer, foi o de Wolfswinkel, através de uma grande penalidade que acabou por não concretizar (marcou pela última vez a 6 de Novembro de 2011).

O golo leonino nasce de uma bola “pingada” para área a que Ricardo se encarrega de dar a pior direcção para a sua equipa, fazendo um autogolo.

Pior do que não ter visto 16 remates em lado nenhum, foi ter visto que, se não fosse, mais uma vez, “São Patrício”, em pelo menos duas intervenções de superior qualidade e mais um ou outro lance em que valeu a fraca pontaria adversária e o resultado teria sido bem diferente. Num desses lances, foi trágico ver Carriço, completamente impotente, a ser ultrapassado por fora e a fazer lembrar um bom desenho animado do Road Runner. Bip Bip!

Explico agora o que atrás referi quanto à previsibilidade da má exibição, tendo de recuar um pouco no tempo.

Se na curtíssima passagem de Domingos pelo Clube, quem escolhia os jogadores era a direcção empossada, tendo-se visto no início da época, a insistência em Postiga e Djaló, com o intuito de os colocar na “montra” e vendê-los. Um saiu ao preço da uva mijona e outro, até ver, a custo zero mas a ordem é rica e os frades são poucos, já que se tinham gasto quase 50 milhões de euros em 19 novos jogadores, alguns deles, com lesões crónicas.

Mais tarde, começou a insistência nesses lesionados crónicos pagos a preços astronómicos e dos quais os suspeitos do costume, alegadamente, tiraram proveito através de chorudas comissões.

O leque de escolha é cada vez menor, já que não há jogo em que não vá mais um para o “estaleiro”, tendo ontem sido a vez de Rinaudo e Onyewu.

Se na época de Domingos, que, quer se goste ou não do treinador, foi despedido da forma mais baixa e vil que há memória no Sporting Clube de Portugal, apareciam todos a falar, cada um para seu lado, em alturas de vitória e escondendo-se que nem ratos, deixando o treinador sozinho, em alturas de derrota, agora, na era Sá Pinto, e apenas de Sá Pinto porque, nesta fase, não há dinheiro nem alternativa para mais nem melhor, calados que nem ratos, perante o facto consumado de um projecto que, só não está falido, porque nunca existiu, falido está o Clube, a direcção empossada já tudo permite, já tudo aceita.
Quem joga agora?

Aqueles que todos criticavam e assobiavam quando eram opção de Domingos. Daniel Carriço, André Santos, Pereirinha, em suma, jogam os amigos de Sá Pinto.

Uma nota final para o speaker do estádio, com laivos de vendedor de feira, a quem os adeptos teimam em dar resposta, fazendo assim com que o indivíduo não se cale de vez. Dizia ontem, no final do jogo. “Contra tudo e contra todos, ganhámos mais uma vez. Obrigado Sportinguistas, vamos continuar unidos.”
O que é isto?

Contra tudo e contra todos?

Só se o cavalheiro se estiver a referir àqueles que nos últimos anos mais têm prejudicado o Clube e que foram as diversas direcções do mesmo, mas duvido, já que o mesmo também faz parte da estrutura.

Continuar unidos?

Se os Sportinguistas estivessem unidos e, maioritariamente, não fossem de compreensão lenta já o cavalheiro tinha uma rolha na boca há muito tempo e os dirigentes do Clube teriam sido outros desde o descalabro financeiro que foi a presidência de José Roquette.
Acordem Sportinguistas!

Saudações Leoninas!

Para aqueles que como eu, este ano, já foram ao Estádio José de Alvalade assistir a 20 jogos, talvez tenham algum interesse em consultar a tabela actualizada, com as estatísticas das assistências.

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