Um incêndio destruiu um abrigo para gatos nos subúrbios de Nova Iorque, matando o seu fundador e mais de 100 felídeos que habitavam o Happy Cat Santuary, dando início a uma operação de resgate de dezenas de animais que ainda vagueavam pela propriedade destruída.
Pensa-se que cerca de 150 gatos sobreviveram ao incêndio, de acordo com Roy Gross, chefe da Sociedade do Condado de Suffolk para a Prevenção da Crueldade contra os Animais, que está a ajudar a coordenar o esforço de recuperação.
Alguns dos animais sobreviventes sofreram queimaduras e inalação de fumo e foram levados para hospitais veterinários das proximidades para tratamento. Muitos animais morreram e outros com ferimentos graves foram eutanasiados enquanto os voluntários trabalham para recolher os sobreviventes.
“O lugar ardeu na totalidade e há gatos nos escombros. Nos próximos dias, a SPCA planeia mobilizar o seu hospital cirúrgico móvel para animais, que foi utilizado para tratar cães de busca e salvamento no Ground Zero após os ataques terroristas de 11 de setembro, para ajudar na triagem de gatos resgatados perto do local do incêndio. Esta será uma situação contínua para que todos estes gatos sejam cuidados e colocados numa instalação adequada. Um grande empreendimento depois de uma situação trágica.”, disse Gross.
O proprietário, Christopher Arsenault, foi encontrado num quarto nas traseiras do abrigo que ficava na aldeia de Medford, a mais de 80 quilómetros a leste de Manhattan. A propriedade, que incluía edifícios ao ar livre onde também estavam os gatos, permaneceu isolada na Terça-feira, enquanto a polícia e os bombeiros regressavam ao local carbonizado. A polícia do condado de Suffolk disse que a causa do incêndio continua sob investigação. Arsenault, de 65 anos, fundou a Happy Cat em 2006, após a morte do seu filho de 24 anos, Eric, num acidente de mota, de acordo com o site do santuário. Ele explicou como encontrou a sua vocação quando se deparou com uma colónia de 30 gatinhos doentes e cuidou deles até recuperarem.
Gross disse que Arsenault cedeu grande parte da casa aos gatos, vivendo de forma simples num quarto com uma cama, um micro-ondas e um pequeno frigorífico. “Ele investia cada cêntimo que tinha a cuidar daqueles gatos. A vida dele eram os gatos.” Gross reconheceu que o abrigo recebeu a sua quota-parte de queixas, dada a sua localização numa área residencial, mas a equipa da SPCA visitou a propriedade cerca de 10 vezes ao longo dos anos e descobriu que os animais estavam saudáveis, bem alimentados e a receber os devidos cuidados. “Ele não era um acumulador. Não é o caso aqui. Este era um bom homem a fazer a coisa certa. Era um herói pelo que estava a fazer.” As autoridades da cidade de Brookhaven, onde se situa Medford, disseram ao Newsday que Arsenault tinha removido uma cave insegura e estava a trabalhar para deixar o local em conformidade com os códigos de construção. Nos últimos meses, começou a realocar cerca de 60 a 80 gatos para uma quinta de 12 hectares no norte do estado de Nova Iorque, para onde planeava mudar-se, de acordo com Gross e as autoridades municipais. “Infelizmente, este desastre aconteceu e agora ele desapareceu.”, afirmou Gross.
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Fonte: AP News.
Termino com duas perguntas.
Porque será que a vida é sempre mais cruel com quem menos merece?
O mundo não ficaria melhor se no lugar de pessoas como Chris Arsenault, desaparecesse da face da terra, por exemplo, gente da laia de Trump, Putin, Netanyahu, King Jong Un...?
A confirmar-se que foi fogo posto, que o karma leve os autores do crime da mesma forma ou ainda de forma mais lenta e dolorosa.